Xadrez inclusivo: proposta de Maria Clara Marra é aprovada na CCJ e reforça políticas de acessibilidade

Mais do que um jogo de estratégia, o xadrez tem se mostrado um poderoso instrumento de inclusão, aprendizado e autonomia para pessoas com deficiência.

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como esporte intelectual que estimula o raciocínio e promove a integração social, o xadrez vem sendo adotado em diversos países como ferramenta educacional e terapêutica.

A importância dessa prática inspirou a deputada Maria Clara Marra a propor o Projeto de Lei nº 4.480/2025, que cria a Política Estadual de Incentivo à Prática do Xadrez para Pessoas com Deficiência Visual e Auditiva.

A proposta foi aprovada nesta terça-feira (4/11) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e segue para as próximas comissões temáticas.

“O xadrez estimula o pensamento crítico e a resolução de problemas. Estudos recentes mostram que, quando adaptado, ele fortalece a concentração, a memória e a interação social. Com esse projeto, queremos transformar essas evidências em uma política pública permanente que leve o xadrez a escolas, centros de atendimento e associações em todo o Estado”, afirma Maria Clara.

Educação, tecnologia e acessibilidade

O projeto prevê a distribuição de tabuleiros táteis e softwares acessíveis, além da capacitação de professores e instrutores para atuarem com pessoas com deficiência visual e auditiva.

A proposta também incentiva a inclusão do xadrez adaptado em programas educacionais e esportivos do Estado e a formação de parcerias com entidades públicas e privadas.

A iniciativa reforça uma tendência global. Em 2023, a Copa Brasil de Xadrez para Deficientes Visuais, realizada em Belo Horizonte, mostrou o potencial do esporte como espaço de inclusão.

Em Boa Vista (RR), escolas públicas já utilizam tabuleiros em braille e softwares com leitores de tela para ampliar o acesso de alunos com deficiência visual e auditiva.

Projetos recentes, como o Omnis Chess (2024), também vêm inovando ao permitir que pessoas com deficiência física pratiquem xadrez por meio de tecnologia assistiva.

Com a aprovação na CCJ, Minas Gerais dá um passo importante rumo a uma política pública inclusiva e permanente, que reconhece o xadrez como ferramenta de desenvolvimento humano.

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