A política estadual dos direitos da pessoa com deficiência deve atualizar os seus objetivos para incluir o cuidado especial que deve ser dispensado ao paciente com transtorno do espectro autista – TEA – que venham a ser atendidos nas unidades hospitalares.
Isso porque, além do tratamento médico necessário para a enfermidade que levou à internação, é necessário um ambiente compatível com as condições impostas por esse transtorno, para evitar o agravamento das crises, tais como cuidados com o conforto sensorial, sem estímulos visuais e auditivos em demasia, contornando-se eventuais gatilhos.
Para tanto, são necessários leitos hospitalares especializados, apartados das enfermarias comuns, em que o movimento e atendimento aos diversos pacientes podem gerar grande sofrimento para aquele com transtorno do espectro autista que esteja na mesma sala.
Além disso, para a promoção da inclusão, é necessário que se evitem situações que podem reforçar estigmas que se pretendem superar, daí porque o cuidado, tanto com a preparação do local, quanto da equipe de atendimento, de modo a garantir um atendimento digno das pessoas com espectro autista que estejam internadas nas unidades de saúde.